O SINAEES-AM lamenta profundamente o falecimento do empresário Mário Expedito Neves Guerreiro, ocorrido nesta quinta-feira (15/8), aos 103 anos.

Ele que foi visionário e o grande fundador, deixa seu legado perenizado nos anais da memória fabril e na paisagem de desenvolvimento econômico da Amazônia. Seu compromisso com o desenvolvimento regional se configura em um marco histórico.

Mário Guerreiro foi um dos grandes líderes empresariais do Amazonas, dedicando toda sua vida ao desenvolvimento econômico industrial do nosso estado.

Quem foi Mário Guerreiro?

Guerreiro nasceu em Manaus, mais precisamente no bairro Villa Municipal (atual Adrianópolis), no sítio de sua avó. Seu pai era contador do extinto jornal Correio do Norte e faleceu quando Mário tinha 10 anos, sendo criado pela mãe e tia.

Em 1940, ele começou a trabalhar como datilógrafo em São Paulo. Em 1942, ele se apresentou à praça no Exército e foi convocado para guerra em 1943.

No dia 22 de setembro de 1944, ele embarcou para o teatro de operações da Itália para lutar na Segunda Guerra Mundial. Ele voltou ao Brasil em 1945, e voltou a trabalhar em São Paulo, na mesma empresa em que atuava antes da guerra.

Mário se casou em maio de 1948, em Manaus, com Thereza. Mas só voltou a morar na capital amazonense em 1951, para assumir o cargo de diretor-superintendente do Hotel Amazonas. Em 1954, ele se formou Bacharel em Direito e obteve a inscrição de número 154 na Ordem dos Advogados Seccional Amazonas (OAB-AM).

Como empresário, Mário Guerreiro foi considerado pioneiro na industrialização na Amazônia, em 1951 fundou, juntamente com Adalberto Valle, a Brasiljuta, a maior empresa do setor nas Américas.

A companhia de tecelagem se destacou pela elevada geração de empregos, antes da criação da Zona Franca de Manaus (ZFM). Em 40 anos de atividades, 54 mil pessoas trabalharam na empresa, que mantinha prensas em Itacoatiara, Manacapuru, Parintins, Codajás e Castanhal, no Pará, além de fábricas em outros cinco Estados.

Ele também foi o primeiro presidente do Centro da Indústria do Estado do Amazonas (Cieam) e presidiu a Associação Comercial do Amazonas (ACA), logo após a criação da ZFM e também ocupou a presidência do Banco do Estado do Amazonas (BEA), que ajudou a expandir para o interior.

Uma das suas maiores conquistas foi implantar e dirigir o Instituto de Fomento à Produção de Fibras Vegetais da Amazônia (Ifibram) e o Sindicato das Indústrias de Fiação e Tecelagem de Manaus.

Como representante do setor industrial, Mário Guerreiro também ocupou por diversas gestões, a presidência da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam).

Compartilhar

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *