Unidade será localizada em Manaus e terá capacidade inicial parta produzir 20 mil unidades por dia.
A fabricante chinesa realme anunciou nesta quarta-feira (23/04) que terá fabricação de seus smartphones no Brasil, revelou que a unidade fabril será em Manaus. Parceria com a Digitron, a fábrica terá 500 empregos diretos e indiretos. Importante lembrar, a Digitron é uma empresa com mais de 40 anos de mercado, presente na Zona Franca de Manaus e em Minas Gerais. Entre seus parceiros estão Asus, Acer, Dell e Intel.
A chinesa Realme, uma das cinco maiores fabricantes de smartphones do mundo, anunciou a abertura de sua primeira fábrica nas Américas, localizada na Zona Franca de Manaus, no Amazonas. Com capacidade inicial para produzir 20 mil unidades por dia, a unidade deve gerar 500 empregos diretos e reforça a aposta da marca no Brasil, um dos mercados mais estratégicos para a companhia. Junto com a inauguração, a Realme lançou a linha 14, composta pelos modelos 14 5G, 14 Pro e 14 Pro+, que chegam com tecnologia 5G, inteligência artificial (IA) generativa e preços competitivos. Produção local e redução de custos A fábrica em Manaus é parte de uma estratégia para alcançar 100% de produção local em três anos, reduzindo custos e tornando os produtos mais acessíveis. Atualmente, parte dos componentes é importada e montada no Brasil. “O Brasil é um mercado dinâmico e estratégico. Com a produção local, queremos aumentar a eficiência, reduzir o tempo de chegada ao mercado e oferecer preços mais competitivos”, afirmou Tedy Wu, CEO da Realme para a América Latina, em entrevista ao GLOBO. A iniciativa coloca a Realme em competição direta com gigantes como Samsung e Apple, que também investem em modelos acessíveis e dominam o mercado brasileiro.
A empresa se junta a outras marcas asiáticas, como Xiaomi, Oppo e Jovi, que têm ampliado sua presença no país. Linha 14: IA, 5G e design inovador A nova linha 14 é voltada para o segmento intermediário e traz inovações em desempenho, design e fotografia.
Os modelos contam com o processador Snapdragon 6 Gen 4, da Qualcomm, que garante maior fluidez em jogos (até 120 quadros por segundo) e eficiência energética, além de um sistema que evita superaquecimento. A parceria com o Google assegura a integração com o sistema Android, otimizado para IA generativa.
Os modelos Pro e Pro+ se destacam pelo design com tecnologia de fibra que muda de cor conforme a temperatura — de branco para azul abaixo de 16°C, por exemplo. Em fotografia, a linha oferece o AI Ultra Clarity 2.0, que elimina desfoque em fotos com zoom, e um sistema de flash para capturas noturnas. O 14 Pro+ ainda traz uma lente com zoom de até 120 vezes.
Segundo a Realme, os modelos profissionais vêm com o chamado AI Ultra Clarity 2.0, que elimina automaticamente o desfoque em fotos com zoom. Há ainda um sistema de flash que permite maior iluminação em captações noturnas.
De acordo com especialistas, a expectativa é que a aposta da China no mercado brasileiro seja crescente, já que o Brasil é um dos maiores mercados globais e um dos poucos com grande potencial de crescimento.
— Se olharmos o 5G, ainda há muito a fazer. E as marcas chinesas vêm investindo em modelos mais baratos para crescer aqui. Por isso, a estratégia fabril é essencial. Apple também conta com produção local, assim como a Samsung — diz o consultor Marcos Vinícius Sore.
A Realme e a Oppo pertencem ao conglomerado BBK Electronics, que também controla as marcas OnePlus e iQOO. A Oppo, por exemplo, que vem lançando diversos modelos no Brasil, tem parceria atualmente com a Multilaser. Para este ano, a Oppo pretende chegar a dois mil pontos de venda. A companhia anunciou novos modelos da família chamada Reno 13, com recursos de IA e conexão 5G.
Em recente entrevista ao GLOBO, o CEO da empresa para a América Latina, Ethan Xue, disse que a meta é posicionar a marca como a segunda mais vendida no país entre os celulares que rodam o sistema operacional Android, do Google, ficando atrás apenas da líder Samsung.
Quem anunciou a entrada recente no Brasil foi a Vivo Mobile, que, por aqui, vai operar com a marca Jovi, através da terceirização de uma fábrica da GBR na Zona Franca de Manaus.
Fonte: O Globo