O Exército tem interesse em fechar novas parcerias com a indústria do modelo ZFM para aquisição de equipamentos de última geração e ainda o fornecimento de insumos para ações no Amazonas, como também na Região Amazônica, onde vivem hoje pelo menos 5 milhões de pessoas (números do IBGE).

As novas medidas fazem parte do projeto BID (Base Industrial de Defesa), apresentado ontem pelo CMA (Comando Militar da Amazônia) durante encontro na sede do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), em Adrianópolis, zona Centro- -Sul de Manaus, com a presença de militares da alta cúpula, representantes do Ministério da Defesa e de lideranças industriais.

Segundo o coronel Manoel Amaral, chefe do SisDia (Escritório do Sistema Defesa, Indústria e Academia de Inovação do Exército), o projeto é oportuno para dar mais fôlego às empresas instaladas no Parque Industrial de Manaus. Ele lembrou a pujança da Zona Franca que tem condições tecnológicas para atender às demandas do Exército e das outras Forças Armadas, possibilitando a geração de mais empregos e renda à população.

“O Ministério da Defesa apresentou a temática do BID em incentivos que foram criados por meio de leis para que conseguíssemos impulsionar ainda mais as atividades industriais nessas áreas do país, na Amazônia como um todo”, disse ele.

De acordo com o militar, o Exército discorreu (com apresentação de slides ) , n o Cieam, sobre a nova família de embarcações q u e d e v e m s e r utilizadas na Região Amazônica e também em outros Estados do Brasil. Ele informou, ainda, que a nova logística fluvial começa a ser comprada a partir de agosto deste ano e outras já estão em processo licitatório, aguardando empresas interessadas em fechar negócios.

“A ideia é estimular para que empresas daqui da Amazônia concorram às licitações. Aliás, o Parque Industrial da Zona Franca é muito bom. É mais oportunidade para alavancar a indústria local, com toda essa pujança tecnológica e econômica”, acrescentou. “Toda a indústria e o próprio comércio da ZFM só têm a ganhar para impulsionar ainda mais o desenvolvimento econômico”, afirmou.

Novas estratégias

Durante a reunião, o Ministério da Defesa falou sobre a importância de ações estratégicas em defesa do país. São medidas cujos objetivos são fortalecer a soberania nacional, recorrendo a tecnologias de ponta para a modernização de ações militares na Amazônia, segundo o CMA.

Os projetos estão previstos na BID (Base Industrial de Defesa), extremamente importante para dar segurança à navegação na região. Palestrantes discorreram sobre os novos recursos.

Empresários da indústria manifestaram interesse nas propostas do Exército, que poderá utilizar recursos tecnológicos das fábricas que operam em Manaus, disponibilizando tecnologias de última geração.

 “Existe o interesse das forças e uma política de governo, mas se a indústria não se dedicar, as coisas permanecem como letra morta. Precisamos ocupar um espaço de fala e de participação para contribuirmos com a construção de um país melhor”, disse Luiz Augusto Barreto Rocha, presidente do Conselho Superior do Cieam, que abriu o encontro com o empresário Lúcio Flávio Morais de Oliveira, presidente-executivo da entidade.

A grande pegada para fortalecer a economia amazônica é que o Ministério da Defesa observa que a região tem grande capacidade de produzir itens necessários para as Forças Armadas. Porém, alguns produtos ainda precisam ser importados para atender as demandas do Exército. Agora, a proposta é inverter esse cenário, incentivando empresas a investir nesses novos nichos.

Alimentação como ração operacional, embarcações fluviais, por exemplo são alguns produtos que atualmente precisam vir de outros países e que poderiam ser feitos na ZFM. A próxima fase é buscar a aproximação com a sociedade acadêmica para que sejam envolvidos trabalhos científicos voltados para a área da defesa.

Para Lúcio Flávio, presidente-executivo do Cieam, é muito positiva a integração do CMA com a indústria local. “A ZFM tem toda a capacidade de desenvolver produtos para o segmento da defesa”, destacou. “Acho que abre uma possibilidade muito grande e oportunidade para outros segmentos e outros produtos que podemos desenvolver no Polo Industrial de Manaus”, disse ele.

Fonte: Jornal do Commercio

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